RECREIO DO CARAMULO
SOBRE NÓS
Do Recreio dos Inocentes...
A história do Recreio remonta aos anos 30 quando o Pe. José Simões Pedro era Capelão da Estância Sanatorial do Caramulo.
Tendo tomado a seu cuidado uma criança abandonada que levou para sua casa, - uma vez que não havia suporte familiar que o fizesse - logo surgiu uma e outra situação semelhante, começando o Pe. Zé - como sempre foi conhecido - a ter que procurar ajuda para cuidar dessas crianças, e de outras que pressentia iriam aparecer. Por essa altura começou a construir, com as suas próprias mãos, um local ao lado de sua casa, onde pudesse alojá-las.
Foi a 1ª Casa do Recreio dos Inocentes, designação atribuída pelo próprio P.e Zé.
De pronto, na recém-criada Estância do Caramulo, se juntaram esforços para apoiar e viabilizar este projecto, seja pela angariação de quotas, organização de Quermesses, doações em géneros alimentícios, materiais de construção ou de uso doméstico, etc.
Mas eis que o P.e Zé vai ser transferido para Sta Cruz da Trapa, e logo pensa em deixar a sua Obra entregue à “Cruzada do Bem”, instituição sediada no Porto, que envia para o Caramulo duas valorosas Mulheres, a Armandina e a Amorzinda que, durante três décadas foram a “Mãe” e a “Tia” das dezenas de crianças que passaram pelo Recreio dos Inocentes.
Por essa altura, estamos na década de ‘40, a família Lacerda que desde o princípio tinha acarinhado esta Obra promovendo diversas iniciativas, viria a assumir a gestão e direcção do Recreio, o que se prolongou até aos anos ’70.
Durante este tempo dezenas de crianças, na sua grande maioria meninas, foram recebidas, educadas e acarinhadas, vivendo num ambiente familiar, onde permaneciam, a maior parte, até sairem para casar.
Nos finais da década de ’70, porque a idade e saúde das duas Encarregadas já não permitiam que continuassem ao serviço, começa a formar-se um princípio de cooperação com a Segurança Social, que permita receber apoio financeiro para se poder prestar uma assistência tecnicamente mais adequada, como começava então a ser exigido.
Após serem cortados os ténues laços que ligavam o Recreio dos Inocentes à Cruzada do Bem, criou-se a “Associação de Apoio à Infância – Recreio do Caramulo” IPSS que celebrou um Contrato de Cooperação com a Segurança Social de Viseu, e que perdura até agora.
Foi este acordo que veio a permitir, já na década de ’80, a construção de uma nova casa, que conferiu mais dignidade e conforto às crianças alojadas.
... ao Recreio do Caramulo
Em dezembro de 1984 foi criada a Associação de Apoio à Infância Recreio do Caramulo – IPSS que celebrou um protocolo de cooperação com a Segurança Social de Viseu. Em 1985 foi a Associação reconhecida pela Segurança Social e registada no livro das IPSS.
A Associação reuniu pela 1ª vez nas instalações do Recreio a 19 de Janeiro de 1985 tendo sido eleitos os primeiros corpos gerentes para o triénio 1985/87.
A necessidade de uma nova casa, levou a que de imediato se desenvolvessem esforços no sentido da angariação de fundos para aquisição de terreno e construção. Em 1992 foi finalmente aprovado o projecto, em Pidac, e iniciadas as obras de construção que terminariam em 1995. A nova Casa foi inaugurada em Março de 1995, com a capacidade para 15 crianças e jovens.
Nesse mesmo ano, a Associação volta a crescer assumindo a gestão do Infantário do Caramulo através da celebração de um acordo com a segurança social.
Novo crescimento, ainda em 1995, com a formalização de novo acordo de cooperação para o trabalho entretanto iniciado no Centro de Actividades de Templos Livres (ATL) da Associação.
A nova evolução dá-se em 2003 quando se inicia trabalho na área da terceira idade. Celebra-se novo acordo de cooperação para o Serviço de Apoio Domiciliário alargando o âmbito da Associação não apenas à Infância e Juventude mas também à Terceira Idade. Por essa razão, neste mesmo ano, se altera o nome de Associação de Apoio à Infância para Associação de Solidariedade Social Recreio do Caramulo.
Em 2014, renova-se mais uma vez a Associação desenvolvendo-se, no SAD, novos serviços de apoio às demências através de candidatura e financiamento ao Proder/Adices.
Três décadas de construção, da Casa em Associação, da Associação na Comunidade, de todas nos projectos de vida de cada criança, de cada pessoa.
